Por: Marcos Villalba
A zeigarnik é uma dessas chaves psicológicas discretas, mas poderosas, que podem transformar a forma como você estrutura conteúdos, funis e jornadas de clientes. Ao explorar como o cérebro humano reage a tarefas inacabadas, esse efeito permite criar estratégias que mantêm a atenção ativa, prolongam o engajamento e conduzem o usuário à ação. No universo do marketing digital, aplicar esse mecanismo com intencionalidade é uma vantagem competitiva.
Mais do que uma curiosidade da psicologia, o efeito Zeigarnik é um recurso prático que pode ser integrado ao copywriting, automações, design de funis e até à rotina de trabalho das equipes. Neste artigo, você vai entender como essa tendência se conecta à produtividade e à tomada de decisão, com exemplos aplicáveis a diferentes áreas do marketing moderno.
O efeito Zeigarnik é um fenômeno psicológico que ajuda a explicar por que certas ideias ou tarefas permanecem mais vivas em nossa mente do que outras. Compreender essa dinâmica é essencial para quem atua com conteúdo, branding e marketing, pois revela como funcionam os gatilhos de atenção, engajamento e retenção. A seguir, exploramos sua origem e impacto direto no comportamento humano.
Foi a Bluma Zeigarnik, psicóloga lituano‑soviética, que, nos anos 1920, esteve em um restaurante e notou algo curioso: garçons lembravam com precisão de pedidos pendentes, mas não daqueles que já haviam sido entregues e pagos. Sua investigação revelou que tarefas ou informações interrompidas permanecem ativas na mente humana com maior intensidade.Esse fenômeno — a tensão cognitiva causada por um processo não concluído — ficou conhecido como efeito Zeigarnik.
Quando iniciamos algo e deixamos “em aberto”, nossa mente cria um lembrete interno até que consigamos “fechar o ciclo”. Isso gera um impulso mental constante — a sensação de que algo está pendente. Em termos práticos, esse estado de alerta favorece a retenção, o retorno de atenção e até mesmo a ação do usuário.
Aplicar o efeito Zeigarnik no marketing digital vai muito além da teoria. Compreender esse fenômeno permite criar abordagens que mantêm o público envolvido do início ao fim — ou melhor, de um início que propositalmente permanece incompleto. A seguir, veja como esse mecanismo pode ser explorado de forma criativa em copywriting, e-mails, funis e outras estratégias que dependem de atenção contínua e engajamento psicológico.
Uma das formas mais eficazes é usar frases incompletas ou que gerem “lacunas” na mente do leitor — por exemplo: “Descubra por que 95% das empresas ignoram esse erro…” ou “Falta um passo simples para dobrar seus resultados”. Esse tipo de gancho ativa a curiosidade e eleva a taxa de cliques.Na redação de blogs ou e-mails, você pode encerrar um parágrafo com uma promessa ou questão e só revelar a solução alguns parágrafos adiante ou em outro envio.
Em funis, dividir o conteúdo em partes cria um “efeito série” para o consumidor: parte 1 → parte 2 → parte 3, mantendo-o aguardando o próximo capítulo. Em e-mails de nutrição, você pode estruturar uma mensagem que diga “Na próxima mensagem revelaremos o passo final” — criando expectativa e mantendo a continuidade.Até anúncios podem se beneficiar: marcas como Tesco utilizaram peças publicitárias que propositalmente deixavam partes visuais ou textuais incompletas, acionando o efeito Zeigarnik e elevando a lembrança da marca.
O efeito Zeigarnik não impacta apenas a comunicação com o público — ele também pode ser um grande aliado na organização interna de times e processos de marketing. Ao explorar a forma como o cérebro responde a tarefas inacabadas, é possível criar rotinas mais eficazes, evitar a estagnação e estimular o avanço contínuo de projetos. Veja como essa abordagem pode transformar a produtividade do dia a dia.
Em projetos internos, iniciar a tarefa e deixá-la “em pausa planejada” ativa o seu motor mental para terminar. Colocar bem a primeira parte e abrir um “próximo passo” cria impulso para completar. Essa estratégia contraria a procrastinação tradicional, pois envolve ação, mesmo que mínima, e mantém o foco ativo.
Em equipes de marketing ou produção de conteúdo, ao invés de entregar tudo de uma vez, você pode programar entregas em “episódios” ou fechamentos por etapas. Um exemplo simples: “Na próxima live, vamos revelar o segredo do módulo 3”. Isso mantém o público mentalmente engajado e pronto para retornar.
Mais do que um conceito psicológico interessante, o efeito Zeigarnik pode ser traduzido em ações práticas dentro do seu negócio. Ao aplicá-lo de forma intencional em ferramentas, metodologias e rotinas operacionais, você transforma a incompletude em uma força de atração — tanto para o público quanto para equipes internas. A seguir, veja como estruturar esse recurso com foco em resultados concretos.
Insira no briefing uma etapa de “pendência proposital” — defina onde deixar uma abertura que estimule a curiosidade. Mensure KPIs como “abertura de e-mail 2 após o 1”, ou “engajamento na parte 2 do conteúdo”, para medir o impacto direto da estratégia baseada em zeigarnik.
Crie curiosidade genuína e entregue valor real. Não prometa o que não vai cumprir — isso afeta negativamente a reputação da marca.a lembrar melhor dos primeiros itens de uma lista ou sequência — diferente do foco na incompletude do Zeigarnik.
É o fenômeno psicológico em que tarefas ou informações inacabadas ficam mais presentes na mente do que as concluídas.
A procrastinação é o adiamento de tarefas; o Zeigarnik é a ativação mental causada por algo iniciado, mas ainda não finalizado.
Sim. Ele pode ser usado em educação, games, aplicativos, design de produtos, atendimento ao cliente e muito mais.
É a tendência de lembrar melhor dos primeiros itens de uma lista ou sequência. Diferente do Zeigarnik, que foca no que foi interrompido.
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