O uso de celulares na infância é um tema que gera debates recorrentes entre pais e especialistas, especialmente pelas preocupações relacionadas ao conteúdo consumido e aos impactos na saúde e no desenvolvimento das crianças.

A pesquisa State of Search Brasil 5, realizada pela Hedgehog Digital, analisou o comportamento dos brasileiros em buscas online e revelou que 53% dos entrevistados iniciaram o acesso à internet antes dos 16 anos.

Segundo o levantamento, 11% das pessoas tiveram contato com a internet entre 2 e 11 anos, enquanto 42% começaram a navegar e realizar buscas entre 11 e 16 anos.

Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que crianças menores de 2 anos não sejam expostas a telas digitais. Para crianças de 2 a 4 anos, o uso deve ser limitado a no máximo 1 hora diária, sempre com supervisão e conteúdos apropriados.

Já a partir dos 5 anos, o uso deve ser monitorado, equilibrando o tempo de tela com brincadeiras ao ar livre, atividades físicas e um sono adequado.

Felipe Bazon, CSO da Hedgehog Digital, destaca a relevância do estudo: “Levantamentos como este reforçam a ideia de que a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, especialmente em idades precoces. A pesquisa tem o intuito de auxiliar na compreensão desse comportamento, promovendo debates no ambiente profissional e entre o público sobre o impacto das buscas online, independentemente de idade, classe social ou gênero.”

Comportamento digital em diferentes faixas etárias

O estudo também investigou o início do acesso à internet em outras faixas etárias: 27% começaram entre 17 e 25 anos, 10% entre 26 e 30 anos, e outros 10% somente após os 30 anos.

Realizada entre maio e junho de 2024, a pesquisa contou com a participação de mais de 4.125 pessoas de todas as regiões do Brasil, abrangendo diferentes perfis de gênero e classes sociais. Os dados foram coletados com base no uso de dispositivos como celulares, tablets, notebooks e computadores nos últimos 12 meses.

O uso precoce da internet entre brasileiros, evidenciado pelos dados da pesquisa, ressalta a necessidade de um olhar atento às práticas digitais desde a infância. Com crianças cada vez mais conectadas, é importante que pais e responsáveis equilibrem o acesso à tecnologia com momentos offline, garantindo um desenvolvimento saudável e equilibrado. Debates e estudos como este são essenciais para compreender como as buscas online moldam comportamentos e ajudam a construir um futuro digital mais consciente para todas as gerações.